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Esta é a atual diretoria do Moto Clube Rebelde
Presidente SAINT CLAIR
VICE-PRESIDENTE – TROVÃO AZUL
DIRETORES: NENEM FONTOURA
SERGIO
WILTON FONTOURA
DARIO
EDUARDO
LUIZ AUGUSTO
SECRETARIO FONTOURA SICKERT
CONSELHEIRA NILCEA
TESOUREIRO JEFF.
1º.CONSELHEIRO GABRIEL RAMOS
SUPLENTE
2ºCONSELHEIRO GUILHERME DE SÁ
SUPLENTE
Alguns MCs são chamados de 1%er (abreviação do inglês de one percenter, daí o 1% + er) ououtlaw bikers. O nome veio de uma das historinhas mais manjadas do motociclismo, quando um grupo de motoqueiros fez arruaça em uma cidadezinha e a AMA (American Motorcyclist Association) correu para dizer ao público que 99% dos motociclistas respeitavam a lei. O pessoal da arruaça quis fazer graça com isso e passaram a se autointitular de 1%. A história desse acontecimento você pode ler no post “Os verdadeiros Wild Ones”.
Nessa série de posts que começa hoje, pretendo explicar mais sobre esses clubes e sobre sua subcultura, e as regras não escritas de respeito mútuo que existem entre os demais clubes e os 1%ers. Existe muito mito e desinformação, muito achismo, que já terminou até em briga, como foi o caso do cara que teve o seu colete da série Sons of Anarchy arrancado no meio de um encontro, ou do cidadão que se mete no meio de um trem e é escorraçado. Espero que essa série de posts ajude algumas pessoas a entenderem o porquê disso acontecer, mesmo que não concordem.
Afinal, é um grande erro dos iniciantes em duas rodas (e até mesmo de alguns veteranos) de achar que esses clubes não existem mais, ou que eles são apenas coisa de filme. Na verdade, isso se deve ao fato de que muitos desses MCs são discretos, e o silêncio é parte fundamental da existência deles. Após anos de perseguições nos EUA por causa de envolvimento com crimes (supostos ou não) a postura de muitos deles mudou para algo mais low profile, uma atitude que se reflete em seus chapters em outros países, já que muitas forças policiais os qualificam como gangues.
Nos EUA, esses clubes sempre foram populares, já que as motos (especialmente as Harleys) sempre foram muito acessíveis, então nunca faltou motociclista disposto a ingressar neles. E graças a sua longa história, eles tiveram muito tempo para se aperfeiçoarem, ao mesmo tempo em que aumentavam suas fileiras. Não é difícil cruzar com eles nas estradas americanas, em trens com dezenas de motos, chegando até as centenas.
Já no Brasil, o processo desses MCs foi bem diferente. Eles começaram a surgir com força apenas nos anos 70, e o processo de crescimento deles foi muito mais lento, já que o motociclismo no Brasil se dividia entre quem tinha dinheiro, ou quem era os apaixonado o suficiente para se virar, muitas vezes chegando a construir motos a partir de sucata. E por serem uma galera mais fechada, e também em menor número, não causavam a mesma impressão que os clubes de outros países causavam na população.
A primeira coisa que você precisa entender sobre os membros desses clubes, é que eles possuem um enorme orgulho de fazer parte deles. É como uma família, um compromisso para a vida. Entrar não é (ou pelo menos não era) nada fácil. Você não bate na porta deles e pede pra fazer parte (apesar de que isso acontece bastante). Não é como muitos motoclubes ou motogrupos onde basta você comprar um patch para costurar na jaqueta e pronto. Para fazer parte de um MC 1%, há um longo processo onde você primeiro precisa ser convidado para andar com os caras (também chamado de hang around, parceiro ou camarada), para só depois de um tempo alguém decidir que você pode passar para o próximo estágio e se tornar um prospect, próspero ou PP.
Em tradição com a origem militar dos primeiros clubes, os prósperos seriam como os recrutas do exército, sendo treinados e moldados antes de se tornarem um soldado. Eles ganham um colete com apenas uma parte do escudo ou patch do clube nas costas (mais uma vez, isso varia de clube para clube), e precisam ficar a disposição 24 horas por dia, 7 dias por semana, para qualquer coisa que sejam chamados. Geralmente ficam com as tarefas mais toscas e ingratas, como limpar a sede e cuidar das motos dos membros, mas alguns passam por coisas bem piores. A idéia é dar a chance deles provarem que o clube pode confiar neles cegamente, e ver se eles se encaixam na cultura do MC. Esse período não tem prazo para acabar, pode ser apenas seis meses, mas também pode levar até dois anos até o grupo decidir que o prospect merece fazer parte do clube. Se aceito, ele vai se tornar um escudo fechado ou full patch.
E é justamente nessa parte, dos escudos e logos dos clubes, é que começa a encrenca com quem não é 1%, mas tenta fingir que é.destinado a todos motociclistas https://rebelde104.webnode.pt/
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